Um estudo recente do Observatório Mobilidade Segura, realizado pela Secretaria de Mobilidade e Trânsito de São Paulo, revelou que os radares eletrônicos são responsáveis pela maioria das multas emitidas na capital paulista. Nos primeiros quatro meses de 2024, foram registradas mais de 1,3 milhão de infrações de trânsito, sendo que cerca de 67% dessas multas foram aplicadas pelos radares, totalizando 893.613 infrações. Esses dispositivos se tornaram ferramentas essenciais na fiscalização do trânsito, superando a atuação dos agentes de trânsito, que autuaram 481.502 infrações no mesmo período.
Os radares são capazes de monitorar uma variedade de infrações, mas a mais recorrente é o excesso de velocidade, que representa 35,7% do total de multas aplicadas. O avanço de sinal vermelho ocupa o segundo lugar, com 4,65% das autuações, enquanto o estacionamento irregular é responsável por 4,56%. Essas infrações geram um impacto direto na segurança das vias, uma vez que colocam em risco tanto motoristas quanto pedestres.
Relevância dos agentes de trânsito
Embora os radares contribuam para a fiscalização automatizada, os agentes de trânsito também têm uma função essencial na gestão do tráfego, atuando em situações de emergência, como acidentes ou congestionamentos, e aplicando multas de forma presencial. Além disso, esses profissionais são responsáveis por verificar a documentação dos veículos e condutores, garantir o uso adequado do cinto de segurança e fiscalizar o respeito às faixas exclusivas de transporte coletivo, como as destinadas a ônibus.
Incidência de infrações
Os dados do levantamento apontam para uma alta incidência de infrações entre os motoristas paulistanos. Aproximadamente um quarto dos veículos registrados na cidade já foi multado em 2024. De uma frota de 5,4 milhões de veículos, 24,05% receberam pelo menos uma autuação. Esses números mostram a necessidade de maior conscientização e responsabilidade no trânsito, especialmente quanto ao cumprimento das regras básicas, como o respeito aos limites de velocidade e o uso do cinto de segurança.
Entre as infrações mais recorrentes, além do excesso de velocidade e do avanço de sinal vermelho, está o uso do celular ao volante, uma prática que compromete seriamente a segurança de todos os usuários das vias. Também são comuns as autuações por falta de cinto de segurança e por motoristas dirigindo sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou com a CNH vencida.
A presença constante dos radares nas ruas de São Paulo tem demonstrado ser uma das principais ferramentas para manter a disciplina no trânsito. Esses dispositivos automatizados não apenas registram infrações, mas também atuam como inibidores, fazendo com que os motoristas tenham mais cuidado ao dirigir, especialmente em áreas com alta concentração de pedestres e veículos. Ao mesmo tempo, os agentes de trânsito mantêm um papel importante ao lidar com situações que demandam uma análise mais humanizada e imediata.
A Prefeitura de São Paulo tem investido fortemente em tecnologia para aprimorar a fiscalização e promover a segurança no trânsito. Os radares modernos instalados na cidade têm a capacidade de identificar uma ampla gama de infrações, desde o excesso de velocidade até a circulação em faixas exclusivas para ônibus. Esses investimentos são parte de uma estratégia maior para reduzir o número de acidentes e melhorar a fluidez nas vias da capital, o que mostra um avanço na gestão do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).
A combinação entre os radares eletrônicos e os agentes de trânsito se mostra indispensável para manter a ordem e a segurança nas vias de São Paulo. Enquanto os radares garantem uma fiscalização eficiente e ininterrupta, os agentes oferecem uma supervisão mais flexível e adaptável às necessidades diárias da cidade. Esse equilíbrio é essencial para enfrentar os desafios de uma cidade com uma frota crescente e trânsito cada vez mais complexo.